Quatro meses passados, voltei para dar notícias da minha estrelinha... Aos poucos vou contando o que se tem passado nestes meses. Hoje vou contar-vos o que se passou no dia mais feliz da minha vida.
Acordei às 8h para ir à casa de banho, a caminho da cama senti-me muito molhada, troquei de cuecas e voltaram a ficar molhadas. Ficou confirmado, a bolsa rompeu-se... Acordei o S., ficou mais nervoso que eu. Com calma tomámos banho e tive a preocupação de tomar um bom pequeno-almoço. A minha mãe tinha-me contado que tinha passado muita fome no dia do meu parto.
Lá fomos nós para a maternidade, as urgências estavam calmas, fui logo observada por uma médica novinha que me fez um toque. Doeu bastante...
Como não tinha contracções não fui logo para o bloco de partos, estive num quarto de 3 camas onde se fazem as induções. Primeiro estive umas horas a soro, mas as contracções teimavam em não aparecer. Mais tarde, nem sei bem as horas, pois perdi noção do tempo, optaram por induzir o parto e trocaram o soro por oxitocina. Finalmente surgiram as primeiras contracções, de vez em quando vinha uma enfermeira fazer um toque para ver a dilatação. Quando já estava com as contracções mais próximas, resolvi dizer à enfermeira que já me estava a custar aguentar as contracções (embora ainda fossem suportáveis), não queria correr o risco de não ser possível administrar a epidural.
Passado um bocado apareceu a enfermeira com dois clistéres e lá fui eu para a casa de banho. Finalmente fui para a box onde tive a minha Inês. A anestesista que me veio dar a epidural, não foi nada simpática. Depois de o fazer, perguntou à enfermeira quantos dedos de dilatação tinha e na altura estava quase com 4 dedos. Começou a resmungar que ainda era cedo para a epidural e era meio caminho andado para a cesariana. Eu e S. ficámos sozinhos na box e meia volta vinha uma enfermeira ou um médico para ajustar a oxitocina e ver a dilatação. Houve uma altura que ainda me colocaram uma máscara de oxigénio. Mais próximo da hora do parto veio uma enfermeira estagiária para o nosso lado para me ajudar na respiração. Parecia que me tinha dado uma amnésia do que tinha aprendido nas aulas de preparação para o parto. Quando estava quase a atingir a dilatação máxima e as contracções mais próximas pediram-me que fosse puxando sempre que sentisse vontade. Vieram, então, preparar o parto. Deixou de ser só uma enfermeira, juntaram-se mais algumas pessoas, não sei bem quem nem quantas... Estava-se aproximar o nascimento da Inês, tentei fazer o meu melhor e ajudar ao máximo. Com uma ajudinha de uma enfermeira que me fez pressão na barriga e um inevitável corte, nasceu a minha princesa. Foi um momento mágico! Colocaram-na logo em cima de mim e o pai foi corajoso, pois cortou o cordão umbilical. Depois de a lavarem e vestirem, voltou para os meus braços. Linda!! Senti-me tão feliz!! Não há palavras para descrever tanta felicidade...
Fui muito bem tratada por todo o pessoal de enfermagem e médico, à excepção da anestesista. As condições da maternidade no bloco de partos são muito boas, não tive razões de queixa.
Foi assim que a Inês nasceu no dia 6 de Dezembro de 2008 às 22h15 com 39 semanas e 3 dias na Maternidade Júlio Dinis. Pesava 3720g e media 50,5 cm.